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sábado, 8 de dezembro de 2012

Ato na Casa da Morte de Petrópolis

Foi realizado sexta-feira, 7 de dezembro, em Petrópolis, um ato nacional pela desapropriação da Casa da Morte de Petrópolis. Coordenado por entidades municipais (Comitê Petrópolis em Luta e Centro de Defesa dos Direitos Humanos) e outras (Articulação Estadual pela Memória Verdade e Justiça RJ e Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça), com apoio da OAB RJ e do Palácio Rio Negro, a atividade foi realizada em 2 momentos; num primeiro, os manifestantes exigiam a desapropriação na frente do próprio imóvel e depois encerraram a atividade com uma palestra no Palácio Rio Negro.
Entre os cerca de 100 manifestantes que estiveram presentes à frente do imóvel à Rua Arthur Barbosa, nro 120, Caxambu, estiveram o presidente da OAB RJ Wadih Damous, a membro da Comissão Nacional da Verdade, Dra. Rosa Cardoso, a representante da Comissão Nacional da Verdade Brasil, Dra Nadine Borges, membros da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, os coordenadores do ato, Juventude PT, Brigadas Populares, além de diversas outras entidades que militam pela causa dos Direitos Humanos e da Memória de resistência no País. A proposta dos manifestantes é a de que haja uma união entre as três esferas de poder para que a verba indenizatória para a efetivação da desapropriação seja obtida.
Desde o ano passado, o CDDH e o Comitê Petrópolis em luta realizaram várias atividades na cidade de Petrópolis com esse mesmo objetivo, além da divulgação e esclarecimento da população do Município sobre a existência deste centro de torturas e extermínio da ditadura militar brasileira neste município. Durante o ato na Casa da Morte, o Comitê Petrópolis em Luta realizou uma encenação, enquanto era declamado o poema “Liberdade” de Carlos Marighella, que consistiu na simulação de tortura comumente praticada à época no “pau de arara”, finalizando com a tradicional chamada dos nomes dos cerca de 25 militantes que foram provavelmente executados naquela casa. 
Acompanhe aqui a encenação do CPL
Fernanda Pradal (Organização de Direitos Humanos ISER) realizou a leitura do depoimento dado à OAB, no ano de 79, de Inês Etienne Romeu, única sobrevivente da casa, e peça chave para que este imóvel fosse identificado como o centro de torturas na cidade de Petrópolis; além de música, grafismo, faixas e cartazes.
No final da tarde, houve um ciclo de debates, no Palácio Rio Negro, com a presença de grande parte dos manifestantes e cuja formação da mesa contou com a presença do Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça, Aloysio Robalinho – Presidente do Palácio Rio Negro, Dra Nadine Borges –CNV Brasil, Dra. Rosa Cardoso – advogada de presos políticos e membro da CNV - Comissão Nacional da Verdade, Dr Wadih DamousPresidente da OAB RJ e Prof. Diego Grossi, Coordenador Geral do CPL – Comitê Petrópolis em Luta.
Foi anunciado para todos os presentes que, em publicação no Diário Oficial de Petrópolis, (do expediente de 21/11/12, nro 016027/12) , a prefeitura autorizou a desapropriação da Casa da Morte para fins de utilidade pública. Tal anúncio foi feito pela advogada Rosa Cardoso, da CNV, que recebeu ofício do Ministério Público Federal; sendo esse o segundo passo para efetivar-se a desapropriação do imóvel.
"A autorização é uma vitória da sociedadeÉ importante que a Comissão consiga ajudar a articular os problemas que podem surgir [para colocar em prática a desapropriação] para que eles não fiquem a cargo só dos Poderes Municipal, Estadual e Federal", comentou Dra Rosa.
Esse ato na casa da morte de Petrópolis foi uma continuação do Seminário Latino-Americano de Lugares de Memória ocorrido nos dias 27 e 28 de novembro, no Arquivo Nacional, RJ, realizado pela Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, que contou com a presença do CDDH Petrópolis e do CPL, Comitê Petrópolis em Luta, demais entidades da capital, também representantes de centros de memória do Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai para iniciar os debates dos propósitos de um Centro de Memória , ao exemplo dos já existentes na América Latina.
Outras manifestações estão sendo articuladas para o próximo ano até que tenhamos vencido esta causa de relevância internacional.
COMITÊ PETRÓPOLIS EM LUTA
(4 últimas fotos da Comissão Nacional da Verdade)



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Preço das passagens de ônibus em Petrópolis


O Comitê Petrópolis em Luta trava o combate pela redução do preço das passagens na cidade desde a sua fundação.
No ano passado, após manifestação nas ruas, conseguimos uma CPI dos Transportes e a licitação de novas linhas; mas a luta continua, como podemos ver pela atual decisão do prefeito de reajustar em 12% o preço das passagens em Petrópolis, passando dos atuais R$2,50 para R$2,80, a vigorar ainda nesta primeira semana de dezembro.
Assine o abaixo-assinado online pela redução da tarifa 
(que já conta com cerca de 1000 assinaturas junto da sua versão impressa): 



Conheça o que o Comitê defende para a questão dos transportes:
- CPI sobre o preço da passagem de ônibus;
- Redução do preço da passagem;

- Integração entre todas as linhas de ônibus;
- Estudo e reforma do sistema municipal de transportes;
- Estímulo ao uso de meios de transporte alternativos, como bicicletas;
- Maior rigor na fiscalização sobre o estacionamento de carros em cima das calçadas;
- Volta das vans para os moradores de Cascatinha;
- Reforma no terminal de ônibus do centro.


Comitê Petrópolis em Luta


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CPL em manifestação sobre a Casa da Morte de Petrópolis

Hoje, o  Comitê Petrópolis em Luta esteve mais uma vez nas ruas da cidade para encontrar a população petropolitana e debater sobre a CASA DA MORTE.  Concentrados no Calçadão do Colégio CENIP, no Centro, conversamos sobre os anos de ditadura militar no Brasil com jovens estudantes, ouvimos relatos emocionados de alguns conterrâneos militantes que também travaram contato pessoal com torturadores; outros de parentes, vizinhos ou amigos, até de um militar reformado. 
Numa atmosfera de muito interesse, é sempre impactante dialogar com os cidadãos de Petrópolis sobre a existência deste imóvel e nossa luta por vê-lo tornar-se um local de memória viva a contribuir com a construção do nosso futuro.
No dia 21 de abril deste ano, 2012, a Casa da Morte foi transformada, por decreto municipal, em um imóvel de utilidade pública, iniciando o processo para a desapropriação e transformação desta casa em um Centro de Memória. Campanha iniciada em 2010, pelo CDDH Petrópolis, abraçada desde sua criação, em 2011, pelo nosso Comitê, hoje amplamente apoiada por demais entidades da sociedade civil, também órgãos estaduais e federais;  precisamos agora, mais do que nunca, crescer em apoio popular para vencermos, o quanto antes, os trâmites legais desta desapropriação e prosseguirmos na elaboração e criação deste Memorial, recontando, assim, com Justiça e Verdade esta parte da história de nosso País. 
Somente com o povo, nas ruas, podemos avançar nesta luta!
"Ousar lutar, ousar vencer"



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cineclube dia 29/11 na Casa da Cidadania de Petrópolis

O Comitê Petrópolis em Luta realiza nesta quinta-feira, dia 29 de novembro, mais uma sessão de Cineclube com debate e convida a todos a participarem. 
Em cartaz, desta vez, a temática do negro, da luta popular e sua resistência, apresentada na produção "Panther", de 1995, "Panteras Negras".   
O filme trata da história do grupo Panteras Negras, surgido um ano após a morte do líder revolucionário Malcolm X, visando maior participação política dos negros em meio aos conflitos raciais do final dos anos 60 nos Estados Unidos. Logo após a exibição do filme, teremos um grupo de estudos para debate do tema. 
Contamos com a sua presença!  

CINECLUBE E DEBATE  FILME  PANTERAS NEGRAS 
LOCAL: CASA DA CIDADANIA DE PETRÓPOLIS 
Rua Visconde de Souza Franco, 474, CENTRO *
DATA: 29/11/12          
HORÁRIO: 15 H
Referências do local
A Rua Visconde de Souza Franco é comumente tratada de "rua da feira". Seu nome mais popular é Rua Souza Franco.  Quando seguindo do Terminal de ônibus do Centro, atravessar para o Shopping Estação, seguir pela rua da lateral do Shopping , não entrar no beco da feira, passar a Igreja da esquina, a Casa está loco a seguir. Pontos de referência nesta rua: COMAC, Escola Germano Valente (na mesma calçada da Casa) e a CEG, companhia de gás, (na calçada oposta à Casa). 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CPL participa de Seminário Latino-Americano


Durante todo o ano de 2012, o Comitê Petrópolis em Luta, em parceria com o CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) abraçam a campanha pela criação do Memorial de Justiça e Verdade no imóvel onde funcionou, durante a ditadura militar brasileira, a Casa da Morte de Petrópolis.  Através de eventos e nas ruas da cidade, com a população petropolitana, conversamos acerca da existência deste centro e de todo o período negro da história de nosso País e sobre a importância de mantermos vivos em nossa memória histórica todos os episódios de desrespeito aos direitos humanos e à vida cidadã que ocorreram nesta casa e em tantos outros centros "clandestinos" de tortura com as terríveis violências sofridas pelos civis que lutavam legitimamente contra o regime ditatorial daqueles anos de chumbo no Brasil.   Tantos são, até hoje, os brasileiros desaparecidos e os crimes impunes.

Nos dias 27 e 28 de novembro, no Arquivo Nacional, RJ, convidamos você a participar conosco do Seminário Latino-Americano sobre Lugares de Memória para debatermos sobre a importância de tais centros na história presente e futura do Brasil.  


"A verdade é sempre revolucionária. " 
Vladimir Lenin


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CPL estreia "Além da Cidade Imperial" na TV


    Desde a sua fundação, o COMITÊ PETRÓPOLIS EM LUTA defende que a historiografia oficial de Petrópolis precisa ser revista e fatos como a luta contra o fascismo na década de 30, a candidatura do Yedo Fiúza à presidência da República pelo Partido Comunista, a ''Casa da Morte", um dos maiores centros de tortura da ditadura militar, também precisam de registro e, sobretudo, estarem vivos na memória do povo da cidade. 
E hoje, dia 15 de novembro de 2012, temos a oportunidade de começar a conversar sobre tais fatos no quadro "Além da Cidade Imperial", que dentro do Programa "Falando Sério", de Yuri Moura, e através de pesquisas e entrevistas, estará falando da história do povo para o povo de Petrópolis.  

Temos, então, um encontro marcado também na TV Petropolitana, toda a quinta-feira, às 21:30 h, no Canal 10, TV REDE PETRÓPOLIS, no programa FALANDO SÉRIO, de YURI MOURA.

Assista a emissora também em: http://www.tvredepetropolis.com.br/site/



"Lutas como a de Petrópolis precisam ser preparadas e levadas a efeito em todo o Brasil" 
Luiz Carlos Prestes




sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Banda Controle adere à campanha pela desapropriação da Casa da Morte

Seguindo as tradições mais combativas do rock, o grupo petropolitano de harcore, Controle, aderiu à campanha pela desapropriação da "Casa da Morte" (centro de torturas utilizado pela Ditadura Militar no bairro Caxambú). A banda, que atua há anos em todo o Rio de Janeiro, sempre se destacou por manter o caráter crítico nas letras, combinando-as com um som agressivo e bem trabalhado.

No mês de outubro a banda foi responsável pelo "Irmandade Hardcore", realizado no estúdio da "Curva do S". Durante o evento membros do Comitê tiveram acesso ao microfone e colheram assinaturas no abaixo-assinado da campanha (além claro, de curtirem um som de ótima qualidade rs). No último dia 28, no Petrópolis Ink (realizado no Savana), mais uma vez o Comitê pode levar a campanha à população, que a recebeu com grande interesse.

O Comitê Petrópolis em Luta agradece o apoio de toda a banda pela adesão à campanha e também à equipe do Petrópolis Ink pelo espaço no último evento.

Viva o rock proletário!
Viva a arte de protesto!

"A arte não deve ser um espelho do mundo, mas um martelo para forjá-lo". Maiakóvsky


Avança luta contra os resquícios da Ditadura Militar no Brasil


No dia 22 de agosto foi assinado o decreto que inicia o processo de desapropriação da famigerada “Casa da Morte“ de Petrópolis (imóvel utilizado pela Ditadura Militar como aparelho de tortura e assassinato de opositores de todo o país na década de 70) para que a mesma venha a se tornar um Centro de Memória e Verdade.

Essa conquista do Comitê Petrópolis em Luta (que no último 5 de julho realizou uma manifestação no centro da cidade na qual recolheu cerca de 500 assinaturas pedindo a desapropriação) e outras entidades (como o Centro de Defesa dos Direitos Humanos, idealizador da campanha) segue os passos dos diversos embates travados pelas forças progressistas de todo o continente que atingiram o auge no Brasil no dia 25 de junho, marcado pela confirmação da condenação do coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Brilhante Ustra comandou e participou pessoalmente de diversas seções de tortura na unidade de operações conhecida como Oban (Operação Bandeirante).  O ex-comandante do DOI-CODI de São Paulo terá de pagar uma indenização de R$ 100 mil por ter seviciado e assassinado o jornalista Luiz Eduardo Merlino em 1971. Essa foi a primeira condenação de um torturador por conta de crimes cometidos durante o regime.

Conquistas como essas demonstram a validade da organização popular no enfrentamento às forças burguesas (civis ou militares) que sustentaram um dos períodos mais tenebrosos da história brasileira e que apenas travestiram sua ditadura numa falsa democracia, dominada pela onipotência do capital. Sabe-se que o aparato repressivo criado pela ditadura não foi desmontado e muitos dos seus agentes continuam a atuar livremente.

A mobilização de diversas forças nesses embates deve continuar para que a Comissão da Verdade traga algum resultado positivo à sociedade, pois, além de ter sido criada de forma conciliatória no final de 2011 (e, diferentemente de várias nações da América do Sul, sem qualquer poder de punição), pouco tem feito para apurar os crimes cometidos pelo regime. Esbarrando na Lei da Anistia de 1979 (que impede a condenação dos torturadores) e sendo composta sob uma ideia de neutralidade (utilizado pelo governo para não entrar em conflito com os setores mais conservadores da sociedade brasileira) tal comissão só poderá apresentar resultados concretos sob pressão popular, pois, mesmo que sua criação não lhe dê poderes de punição (combate a ser travado, buscando outra interpretação da lei de 79, como a que condenou o ex-chefe das torturas em São Paulo), uma investigação profunda e transparente é fundamental não só para uma futura punição dos torturadores, mas também para o resgate da história recente do povo brasileiro.

A luta pelo resgate da memória dos que resistiram e pela punição aos responsáveis por uma série de crimes cometidos contra a humanidade entre 1964 e 1985 (cujo número de desaparecidos e mortos já ultrapassa 1300) perpassa por diversos caminhos cujo alvo é impedir que esse episódio se repita e que a classe trabalhadora brasileira esteja consciente e organizada para conquistar uma sociedade verdadeiramente democrática, possível apenas com a superação do atual modo de produção capitalista (inclusive sua pseudodemocracia) pelo socialismo.

Diego Grossi - Coordenador do Comitê Petrópolis em Luta

Essa matéria foi publicada na Edição 461 do Jornal Inverta, em 24/09/2012

Artistas convocam nova manifestação pelo corredor cultural para o dia 14 de novembro

Texto do grupo do facebook (http://www.facebook.com/events/434891253241616/):

"O projeto do Corredor Cultural ainda não foi votado na Câmara por falta de quorum... ou seja, desde as campanhas eleitorais a grande maioria dos vereadores simplesmente não tem ido trabalhar... e pelo que parece, depois das eleições alguns já saíram de férias. Isso é um absurdo repugnante! Afinal, se nós, trabalhadores comuns, resolvermos adiantar as nossas férias por conta própria, certamente perderemos o emprego. POR FAVOR SENHORES VEREADORES, VOLTEM AO TRABALHO JÁ! O CONTRATO DOS SENHORES COM A POPULAÇÃO
VAI ATÉ O DIA 31 DE DEZEMBRO. OU ENTÃO PEÇAM PRA SAIR, PELA PORTA DA FRENTE, E DEVOLVAM OS SEUS SALÁRIOS, INCLUSIVE O 13°, 14° E 15° (que, por sinal, já constituem um privilégio absurdo). Se preparem! No dia 14 de novembro ocuparemos a Praça da Águia para fiscalizar o trabalho dos senhores.

Artistas interessados em participar, o palco é aberto. Deixe um recado abaixo para serem incluídos na programação.

Atrações já confirmadas (participe com a sua banda):
Tribo de Gonzaga
Neutrônica
Gottan C.R.U e os Curingas
Agassis
Seu Fontes"

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Artistas convocam manifestação em prol do Corredor Cultural

"Hoje haverá uma manifestação na Câmara Municipal pela implementação do Corredor Cultural, já que haverá uma audiência pública a respeito, o Corredor, ao contrário do que muita gente pensa (legalização da balbúrdia) é justamente, dentre outras coisas, garantir a preservação do casario tombado pelo Estado e Município (e área de entorno do Iphan) na região da Praça da Inconfidência, ruas Marechal Floriano e Alberto Torres. Claudio, o melhor para preservar é dar uso, e se for uso cultural / entretenimento, onde as pessoas gerarão identidade com o local, melhor ainda. Uma das máximas do urbanismo é: não há local que fica desocupado - ocupem os espaços, para que eles não sejam ocupados pelo indesejável."

Disse João Felipe Verleun no facebook do evento (http://www.facebook.com/events/537416832941554)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Comitê organiza grupo de trilhas e caminhadas


Visando o desenvolvimento físico e intelectual de seus membros, além de uma integração maior com a natureza, o Comitê tem realizado uma série de trilhas na cidade, como Cortiço, Castelinho, Pinheral, Caminho do Ouro, etc. Os que estiverem interessados podem entrar em contato.

“Dizer que o homem vive da natureza significa que a natureza é o corpo dele, com o qual deve se manter em contínuo intercâmbio a fim de não morrer. A afirmação de que a vida física e mental do homem e a natureza são interdependentes, simplesmente significa ser a natureza interdependente consigo mesma, pois o homem é parte dela.”
Karl Marx

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Petrópolis, as lutas populares e as eleições de 2012

"Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. Odeio os indiferentes. Viver significa tomar partido. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida, é o peso morto da história.
Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes.
Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris que estão comigo a pulsar a atividade da cidadania futura, que estamos a construir.
"
(Antonio Gramsci)

A eleição é o momento no qual as pessoas vão às urnas escolher qual pessoa irá atuar dentro da atual estrutura de poder do Estado capitalista. Suas limitações têm levado todo processo ao descrédito, no entanto, a pior maneira de enfrentar tais limitações é através da despolitização. Precisamos atuar de forma consciente e, principalmente, tendo em vista que eleição não é nada mais do que apenas UMA das diversas frentes na qual a luta popular deve atuar.

O atual circo (no qual a platéia é feita de palhaça) que se tornou a eleição tem levado as pessoas a se afastarem cada vez mais da política, o que, apesar de compreensível, é péssimo. Primeiro pelo fato de que não podemos limitar a política à institucionalidade capitalista; Segundo, o problema não está na eleição em si ou nos candidatos, mas sim na estrutura de Estado capitalista no qual o grande definidor (na maior parte dos casos) é o dinheiro, o que, consequentemente, prostitui uma imensa parte dos políticos em prol dos interesses de uma elite.

No entanto, mesmo com todas as suas limitações, é nas eleições que vários blocos históricos atuam. Cada um com um projeto determinado de sociedade (mesmo que limitado ao reconhecimento do sistema capitalista) que pode servir mais ou menos às forças populares que atuam nas diversas frentes de luta, como no movimento de massas ou no combate de idéias.

Infelizmente vivemos num período histórico de trevas, inaugurado com a queda da URSS em 1991 e o consequente avanço do imperialismo e do neoliberalismo no mundo. Na atual conjuntura é importante garantir condições para a reorganização das forças populares e, enquanto as mesmas não forem capazes de enfrentar diretamente o sistema, garantir melhores condições de vida para nós, da classe trabalhadora, dentro do que for possível.

O grande paradoxo que se apresenta é: Como disputar o processo eleitoral sem, no entanto, legitimar o sistema capitalista ao qual serve? A solução está na construção de condições para a derrocada desse sistema, o que passa, necessariamente, também pela conquista de governos que garantam a possibilidade de realização de tais condições.


O Brasil vive uma encruzilhada histórica

Em todo o mundo cresce a reação ao imperialismo e ao sistema capitalista. Ainda que sob uma era de trevas, há quem ouse enfrentá-la com pequenos lastros que luz, que tendem a se fortalecer cada vez mais.

Em nosso país a melhor resposta que conseguimos dar foi a derrota do bloco neoliberal em 2002 com a eleição de Lula (tendo a eleição de Dilma em 2010 como continuação desse processo).

Com todas as suas limitações e contradições esse bloco ainda é o único capaz de garantir a melhoria de vida da população e a integração dos povos latino-americanos na luta contra o imperialismo, sendo necessário que tratemos tais forças políticas de forma dialética, garantindo sua presença no governo ao mesmo tempo em que cobramos nas ruas uma postura condizente com uma política verdadeiramente de esquerda.

Atuando nessas condições poderemos organizar e conscientizar amplas massas para que estas possam deixar de ser escravas das reformas do capitalismo e então, tomando o destino em suas mãos, possam construir uma sociedade nova, baseada não no que se tem, mas sim no que se é.


Petrópolis e as eleições de 2012

É perceptível que nos últimos anos Petrópolis regrediu consideravelmente. Atualmente vivemos um processo de inchaço e não de crescimento. 40 mil petropolitanos moram em áreas de risco, 25 mil em favelas, as opções de lazer estão cada vez mais elitizadas, o sistema público de transporte está um caos e a memória de luta do nosso povo tem sido cada vez mais deixada no limbo em contraste com a herança elitista da Família Imperial. Se não bastassem as limitações de todas as esferas do poder público municipal, nossos representantes nas outras esferas também deixam a desejar. É imperativo que haja mudança.

As limitações do atual governo municipal fizeram com que vários setores que antes lhe apoiavam migrassem para outras candidaturas. Forças conservadoras têm aproveitado o momento para uma articulação mascarada e também precisam ser barradas nas ruas e nas urnas.

É perceptível que o acúmulo de problemas não será resolvido apenas com uma eleição. Muito pelo contrário, é necessário que o povo de Petrópolis se organize para, durante e depois das eleições, garantir que a classe trabalhadora de nossa cidade seja tratada como merece.

Na década de 30 Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, disse: "Lutas como a de Petrópolis precisam ser preparadas e levadas a efeito em todo o Brasil"; Poucos anos antes, em 1922, vários tenentes da cidade tombaram no episódio conhecido como "Revolta dos 18 do Forte"; Ainda na Ditadura Militar temos o desaparecimento de uma de nossas filhas, Jana Moroni, guerrilheira no Araguaia. Essa bela herança deve servir de exemplo para que façamos muito mais!


A posição do Comitê

Convictos de que a eleição é só mais um momento da luta que deve ser travada conscientemente e após um ano de lutas e pesquisas em Petrópolis, o Comitê apresenta à cidade indicações de alguns nomes para o pleito municipal.

Deixamos claro que, diferente de muitas pessoas, organizações e até mesmo partidos que se dizem populares, nossos apoios não são resultado de nenhuma prostituição financeira ou promessa de cargos. Rejeitamos profundamente este tipo de prática e por isso fazemos questão de indicar pessoas que estejam em sintonia com nossas idéias e não com nossos bolsos.

Para a prefeitura indicamos o nome de Rubens Bomtempo (PSB - 40), ex-prefeito da cidade e filho do Dr. Rubens de Castro Bontempo (histórico médico que prestou importantes serviços à classe trabalhadora de nossa cidade).

Para a Câmara de Vereadores temos 2 candidatos, um da juventude (Yuri Moura - PT) e outro dos trabalhadores (Nilson Nascimento - PSB). Yuri Moura é socialista e foi coordenador de juventude do município, tendo contribuído com diversos projetos na área; Nilson Nascimento é operário fabril e sindicalista (Sindicato dos Metalúrgicos). Ambos comprometeram-se em lutar pela reestruturação do sistema público de transportes (visando a redução do preço da passagem) e com a criação de um Centro de Memória na casa utilizada pela Ditadura Militar em Petrópolis para exterminar opositores (o que já está sendo encaminhado http://comitepetropolis.blogspot.com.br/2012/08/casa-da-morte-e-desapropriada.html ), principais bandeiras de nossa organização.

 
Membros do Comitê com os candidatos Nilson Nascimento (PSB - 40519) e Yuri Moura (PT - 13513)
Chamamos a população de Petrópolis às ruas para que tomemos a história em nossas mãos!

A melhor forma de acabar com a atual maneira de se fazer política é politizando ainda mais e não o contrário!

Para saber o projeto político que defendemos para nossa cidade acesse nossa Plataforma ( http://comitepetropolis.blogspot.com.br/search/label/Plataforma%20para%20Petr%C3%B3polis)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Peça "O Trombone e o Fuzil" em exibição nessa sexta-feira


A peça "O Trombone e o Fuzil" foi e é um importante instrumento de luta pela criação de um Centro de Memória e Verdade na "Casa da Morte". Protagonizada pelo professor Sylvio Costa Filho e dirigida por Pita Cavalcanti essa genial obra honra a frase de Maiakóvsky sobre o papel da arte que "não deve ser apenas um reflexo do mundo, mas um martelo para forjá-lo".

. 31 de agosto, sexta-feira, 20h. 
. Teatro Afonso Arinos - Centro de cultura Raul de Leoni - Praça Visconde de Mauá - Centro - Petrópolis. . Ingressos antecipados na Livraria Impressões a R$ 10,00 - Galeria do Ed. Arabela - Rua do Imperador - Centro - Petrópolis

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vitória da população de Petrópolis: Casa da Morte torna-se de utilidade pública, iniciando processo de desapropriação


"E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martirios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração"


Nessa terça-feira, dia 21 de agosto, a campanha pela desapropriação da "Casa da Morte" atingiu seu ápice com o decreto assinado pelo prefeito Paulo Mustrangi. A "Casa da Morte", residência localizada na rua Arthur Barbosa nº 120, foi um dos piores centros clandestinos de torturas utilizado pelo Ditadura Militar na década de 70 e sua desapropriação honra a memória de todos aqueles que tombaram lutando por justiça e liberdade.
 
A campanha pela desapropriação, lançada pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH) em 2010, contou com a participação do Comitê desde 2011. De lá pra cá houve uma série de atividades noticiadas pela imprensa local.

Essa vitória mostra que quando um povo decide lutar não há barreiras que o impeça!
Quando começamos a luta juramos vencer e hoje vencemos! Que venham as próximas batalhas!

Veja um pouco dessa história:

quinta-feira, 12 de julho de 2012

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Em aniversário de um ano, Comitê coleta assinaturas para desapropriação da Casa da Morte

Assista a matéria da TV Adonai sobre o ato

No dia 05 de julho (data histórica de lutas do povo brasileiro) o Comitê Petrópolis em Luta foi fundado e na comemoração do seu primeiro ano de vida realizamos uma grande atividade pela transformação da Casa da Morte em um Centro de Memória e Verdade, onde recolhemos cerca de 400 assinaturas da população.

domingo, 1 de julho de 2012

Comitê coleta assinaturas para transformação da Casa da Morte em Museu

No aniversário do golpe militar, o comitê foi às ruas denunciar a existência desse centro de torturas



Nessa quinta-feira (05/07) o Comitê estará coletando assinaturas para a criação de um centro de memória onde funcionou a "Casa da Morte" (centro de torturas da Ditadura Militar localizado no centro de Petrópolis).

A banquinha estará entre 12h e 19h no calçadão do Cenip. Além do abaixo assinado estarão disponíveis materiais informativos.

Compareçam!

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Grupo de Estudos de Filosofia Marxista Leninista



 
Esse grupo de estudos é ligado ao CEPPES (Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais). Este é uma associação civil sem fins lucrativos fundada em 1988, em Nova Iguaçu, e atualmente com sede na cidade do Rio de Janeiro.
O CEPPES tem como finalidades apoiar e subsidiar as organizações operárias, populares, culturais e esportivos, através dos serviços de assessoria, formação, comunicação, ação cultural, intercâmbio internacional e projetos e pesquisas que elevem a consciência e a preparação de suas lideranças e participantes até a conquista da cidadania plena.
Os seus participantes desenvolvem linhas de pesquisa que resultam em trabalhos regularmente publicados.
O Centro é responsável pela publicação da revista Ciência e Luta de Classes, periódico científico voltado para o debate sobre os rumos da Revolução no Brasil e no mundo.


O MÉTODO

Cada um fica responsável por estudar e explicar uma parte ao resto do grupo. Após a explicação de cada parte, iniciamos a discussão sobre o conteúdo do texto ou a interpretação de cada um sobre o mesmo, trazendo sempre para a realidade atual as questões apontadas. A discussão é livre.
Os textos ou os assuntos que iremos debater sempre serão escolhidos coletivamente, mas num primeiro momento é essencial que foquemos as obras que apresentam a base do pensamento marxista, o essencial do essencial, para que depois possamos escolher um tema e debate-lo com mais eficácia, já que sabemos pelo menos a base para entendê-lo. Esses textos básicos são os que estão previstos no planejamento.


COMO PARTICIPAR

Deixe um comentário no blog com seu e-mail ou entre em contato conosco por e-mail (diegop@marxists.org) ou telefone (24 - 88548031).


PERGUNTAS FREQUENTES:

1 - É necessário pagar alguma coisa?
Não, a participação é totalmente gratuita. No máximo, pode ser necessário pagar uma xerox das obras que iremos estudar, mas por enquanto, até as mesmas estão sendo entregues para cada um dos membros de maneira gratuita.

2 - Quem pode participar?
Todas as pessoas interessadas em discutir a filosofia marxista, independente de idade, sexo, religião, etc.

3 - Onde discutimos?
Na Casa da Cidadania, no centro da cidade. Mas caso haja um grupo de determinado local interessado é só entrar em contato para que possamos viabilizar a discussão próxima ao local.

4 - Qual horário e a frequência?
Toda quarta-feira, entre 15:30 e 18:30. Os encontros são semanais ou mensais e as discussões duram cerca de 1 ou 2 horas. Esse horário é dividido para diversos grupos. Apareça nesse horário que lhe encaixaremos em algum.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Avança campanha pela transformação da Casa da Morte em museu

O Comitê Petrópolis em Luta começou nessa semana a coleta de assinaturas pedindo a transformação da "Casa da Morte" em um museu. O abaixo assinado está passando nos diversos bairros da cidade.

A chamada "Casa da Morte" localiza-se na Rua Arthur Bernardes, 120, no Centro. Esse imóvel foi utilizado como um dos piores centros de tortura e extermínio da Ditadura Militar (1964-1985). 

Os membros do Comitê estão se encontrando quase todos os dias por volta de 18:30 pra recolher as assinaturas. Os interessados em ajudar na campanha podem entrar em contato conosco por telefone ou e-mail.

Além disso, o Comitê está apoiando o CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) na primeira edição do PROJETO CINE MEMÓRIA E VERDADE, com a apresentação de filmes que abordam a história de vítimas da ditadura no período de 1946 a 1988, seguidos de debate com  convidados  especialistas na temática.

No dia 15/06 os membros do Comitê estarão no coreto da Praça da Liberdade as 18:15 para levar as pessoas que não sabem onde é o Paláco Rio Negro (local de exibição do cineclube do CDDH).

Eis a programação:

OLGA – 15/06/2012 - 18h30
Lançamento: 2004
Distribuição: Europa Filmes Lumière
Direção: Jayme Monjardin
Olga Benário é uma militante comunista desde jovem, que é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. Lá ela é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com Prestes. Grávida de 7 meses, é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha Anita Leocádia na prisão. Afastada da filha, Olga é então enviada para o campo de concentração de Ravensbrück.
Convidado: Luiz Ragon – Vice Presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes.

VLADO – 30 ANOS DEPOIS – 13/07/2012 - 18h30

Lançamento (Brasil): 2005
Distribuição:
Diretor: João Batista de Andrade
Morto há trinta anos pela ditadura militar, o jornalista Vladimir Herzog é homenageado neste documentário  dirigido por João Batista de Andrade. O longa é um apanhado da vida, carreira e morte de Vlado, contando com depoimentos de amigos e familiares. Entre os entrevistados estão Clarice Herzog, Paulo Markun e Diléa Frate.
Convidado: João Batista de Almeida – Diretor do filme

ZUZU ANGEL – 10/08/2012 - 18h30

Lançamento:2006
Distrtibuição:WarnerBros.
Direção: Sérgio Rezende
No Brasil, a carreira de Zuzu Angel como estilista começa a deslanchar enquanto seu filho Stuart ingressa no movimento estudantil, contrário à ditadura militar então vigente no país. Stuart é preso, torturado e assassinado pelos agentes do Centro de informações de Aeronáutica, sendo dado como desaparecido político. Inicia-se então o périplo de Zuzu, denunciando as torturas e morte de seu filho. Suas manifestações ecoaram no Brasil, no exterior e em sua moda.
Convidada : Hildegard Angel – Jornalista, filha de Zuzu Angel e irmã do ex-militante político Stuart Angel.

QUE BOM TE VER VIVA – 14/09/2012 - 18h30

Ano de Lançamento (Brasil): 1989
Distribuição: Taiga Filmes Vídeo
Direção: Lúcia Murat
Drama sobre a relação de uma pessoa com o regime em termos de repressão e de tortura, esse filme propõe uma memória bastante clara quanto ao período, e como este deve ser lembrado e utilizado politicamente. Ambienta a perspectiva particular das relações com a ditadura, e como foi o cotidiano sob essa situação de tortura, e do ponto de vista feminino, levando a interpretação de memória a partir de um movimento amplo, para perspectivas individuais de relação do cotidiano sob a tortura (rompendo em parte com a visão da tortura como quebra do cotidiano), e da figura feminina nesse universo militar.
Convidada: Márcia de Almeida – Jornalista, colaboradora da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.

ARAGUAYA – CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO – 19/10/2012 - 18h30

ambição e a miséria disputavam lugar palmo a palmo. Esse é o cenário de Conspiração do Silêncio, longa metragem de ficção baseado em extensa pesquisa empreendida pelo realizador e roteirista Ronaldo Duque sobre a Guerrilha do Araguaia, um dos episódios mais importantes de nossa história contemporânea.
Convidada: Vitória Grabois – Presidente do Grupo Tortura Nunca Mais RJ, e familiar de desaparecidos políticos na Guerrilha do Araguaya.

 BATISMO DE SANGUE – 09/11/2012 - 18h30


Baseado em fatos reais, o filme conta a participação de frades dominicanos na luta clandestina contra a ditadura militar, no final dos anos 60. Movidos por ideais cristãos, eles decidem apoiar a luta armada, e são presos e torturados. Um deles, Frei Tito, é mandado para o exílio na França, onde, atormentado pelas imagens de seus carrascos, comete suicídio.
Convidado: Leonardo Boff – Teólogo e Presidente de Honra do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Em plenária, Comitê aprova plataforma de 45 pontos para o biênio 2012 - 2013

 


Cerca de 15 pessoas estiveram presentes na plenária que aprovou a Plataforma de 45 Pontos para Petrópolis. Além dos membros do Comitê, diversas entidades estiveram representadas (Jornal Inverta, Brigadas Populares, CDDH, PSOL, UJS, etc.) e contribuíram com a discussão. Vários pré-candidatos estiveram presentes, inclusive o vereador Thiago Damaceno.

Um destaque foi a aprovação da necessidade de se resgatar a memória da tradição combativa do povo petropolitano, que na década de 1930 foi exemplo para todo o Brasil no combate ao fascismo.

Além dos problemas de Petrópolis, foram levantadas outras questões, como a falência do capitalismo enquanto sistema e a necessidade do Comitê apoiar a luta de outros povos (como Cuba, Coréia, Palestina, etc.) por justiça e contra o imperialismo. A importância da luta teórica também foi lembrada, principalmente o estudo de obras clássicas que ajudam a luta dos trabalhadores até hoje (como o Manifesto Comunista). Nesse sentido, o Comitê deve continuar com o seu grupo de estudos, que caminha ao lado das atividades práticas.

A plataforma foi aprovada por unânimidade no final da plenária. Segue a mesma na íntegra:



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Plataforma de 45 Pontos para Petrópolis

"Lutas como a de Petrópolis precisam ser preparadas e levadas a efeito em todo o Brasil" 
Luiz Carlos Prestes

O Comitê Petrópolis em Luta, através destes 45 pontos, publica suas propostas para a cidade, elaboradas através de um longo processo de pesquisas e discussões. Temos consciência do atual estágio de crise e falência do sistema capitalista e, munidos da certeza de que só a luta popular trará as soluções, nos apresentamos como um dos diversos elementos presentes nessa luta, chamando toda a população e diversas entidades da sociedade civil para nos acompanharem nessa trincheira de combates por justiça, independência e liberdade.

1 - Transportes
- CPI sobre o preço da passagem de ônibus;
- Redução do preço da passagem;
- Integração entre todas as linhas de ônibus;
- Estudo e reforma do sistema municipal de transportes;
- Estímulo ao uso de meios de transporte alternativos, como bicicletas;
- Maior rigor na fiscalização sobre o estacionamento de carros em cima das calçadas;
- Volta das vans para os moradores de Cascatinha;
- Reforma no terminal de ônibus do centro.

2 - Educação
- Transformação do passe-livre para o ensino médio em lei;
- Meio-passe integrado para todos os estudantes da rede privada básica e superior;
- Contratação imediata de profissionais da área educacional. Nenhum aluno sem professor.
- Ampliação dos cursos superiores do CEFET e do CEDERJ;
- Fim do ensino religioso nas escolas municipais;
- Adoção do regime de tempo integral.
- Introdução de um programa permanente de estudo e treinamento sobre desastres naturais.

3 - Cultura e Esporte
- Criação de um Corredor Cultural;
- Reforma na pista de skate;
- Construção de um Parque Municipal de Juventude, com área para lazer, esporte e cultura;
- Criação da Festa das Nações, como meio para garantir a preservação cultural dos diversos povos que fizeram parte da construção de Petrópolis (e não só dos europeus, como acontece hoje);
- Volta da Exposição Agropecuária.
- Abertura dos espaços escolares nos fins de semana para uso recreativo das comunidades.

4 - Infraestrutura
- Fim do Laudêmio;
- Construção de casas populares para as pessoas que moram em áreas de risco e principalmente para aquelas que já foram vítimas de tragédias naturais;
- Estudo, reestruturação e ampliação do atual sistema de tratamento de esgoto, visando a despoluição dos rios da cidade.
- Ocupação ordenada;
- Instalação de 70 leitos de UTI (atualmente só há 23);
- Reativação do CAPS da Montecaseros;
- Mais ambulâncias públicas em circulação;
- Mais lixeiras em toda a cidade (com uma altura considerável, para evitar bagunças por parte dos animais de rua);
- Ampliação e revisão da internet sem fio pública;
- Aproveitamento das áreas ocupadas por fábricas desativadas para a construção de um mercado permanente;
- Asfaltamento nas ruas e saneamento básico para o Parque Bom Clima em Bonsucesso;
- Reforma no Pórtico e nas ruas próximas;
- Asfaltamento em várias ruas do Siméria;
- Reforma na Rua Pará (Quitandinha);
- Reformas em diversas servidões da Rua Tereza;
- Ampliação das calçadas na Rua Alfredo Schilick (Chácara Flora).

5 - História de Petrópolis
- Transformação da Casa da Morte de Petrópolis em um museu sobre a Ditadura Militar;
- Criação de um Museu da História Operária da Cidade;
- Resgate de figuras históricas da luta popular, como Leonardo Candú, Iedo Fiúza e Jana Moroni;
- Mudança em qualquer local e remoção de qualquer monumento que homenageie figuras da Ditadura Militar.

6 - Outros
- Maior fiscalização sobre os policiais que atuam na cidade e rigor na punição contra qualquer tipo de abuso de autoridade;
- Criação de um aparelho especial de investigação sobre crimes contra os animais (que fiscalize regularmente as vitórias da frente do Museu);
- Legalização das rádios comunitárias;
- Incentivo permanente à formação de mão de obra juvenil qualificada e inserção dos mesmos no mercado de trabalho.


Ousar Lutar, Ousar Vencer!
Juramos Vencer e Venceremos!


Petrópolis, 18 de abril de 2012